14/08/2006

Achei muito interessante o artigo "A noção de vida em crianças brasileiras em 2004 em comparação com as de Genebra em 1926. Ano 02, Vol 04, mar/2005. Disponível em http://www.cienciasecognicao.org/", o qual descreve um trabalho onde as autoras Replicaram uma pesquisa de Piaget sobre a noção de vida, relatada na obra “A representação do mundo da criança” (Piaget, s/d), interessando conhecer o que e como as crianças organizam o seu conhecimento a respeito dessa noção, focalizando o conceito de animismo infantil.Tendo em vista os resultados obtidos por Piaget, as autoras do trabalho, levantam a seguinte questão de pesquisa: “Será que a aquisição da noção de vida evolui psicogeneticamente da mesma forma em crianças de diferentes épocas e culturas?”. Ao final do trabalho elas concluiram que nossas crianças continuam enriquecendo suas estruturas cognitivas de forma gradativa e de acordo com os estágios estabelidos por Piaget. Penso que tais informações nos fazem pensar sobre a forma como nossas escolas estão trabalhando e nos possibilitam um olhar diferenciado sobre nossos alunos.Sinto isso em meu trabalho, pois sou professora titular de uma 3ª série do ensino fundamental e a cada dia que passa consigo compreender pequenos detalhes, em minha sala de aula, que jamais perceberia a algum tempo atrás. Observo a angustia de alguns colegas, preocupados em jogar conteúdos, na maioria das vezes, incompreensíveis ou insignificante para aquela faixa etária, e a perplexidade dos mesmos em constatarem que seus alunos não conseguem aprender.