segunda-feira, março 31, 2008

Recebi, gostei e resolvi guardar!

A Páscoa sempre representou a passagem de um tempo de trevas para outro de
luzes, isto muito antes de ser considerada uma das principais festas da
cristandade. A palavra "páscoa" - do hebreu "peschad", em grego "paskha" e
latim "pache" - significa "passagem", uma transição anunciada pelo equinócio
de primavera.

Para entender o significado da Páscoa cristã, é necessário voltar à Idade
Média e lembrar que os antigos povos pagãos europeus, nesta época do ano,
homenageavam Ostera, ou Easter, em inglês, derivada de Eostre, deusa
anglo-saxã do amanhecer. Ostera (ou Ostara) é a Deusa da Primavera, que
segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade,
pulando alegremente em redor de seus pés nus. A deusa e o ovo que carrega
são símbolos da chegada de uma nova vida. Ostara equivale, na mitologia
grega, a Persephone. Na mitologia romana, é Ceres. Os antigos povos pagãos
comemoravam a chegada da primavera decorando ovos. O próprio costume de
decorá-los para dar de presente na Páscoa surgiu na Inglaterra, no século X,
durante o reinado de Eduardo I (900-924), o qual tinha o hábito de banhar
ovos em ouro e ofertá-los para os seus amigos e aliados.

Em hebraico, temos a "Pessach", a chamada "Páscoa Judaica", que se originou
quando os hebreus, há cerca de 3 mil anos, celebraram o êxodo e libertação
do seu povo, após 400 anos de cativeiro no Egito, pela mão de Moisés.
Comemoravam assim a passagem da escravidão para a libertação: saíram do solo
egípcio, ficaram 40 anos no deserto até chegar à região da Palestina, terra
prometida, atualmente chamada de Israel.

A festa da Páscoa passou a ser uma festa cristã após a última ceia de Jesus
com os apóstolos, na quinta-feira santa. Os fiéis cristãos celebram a
ressurreição de Cristo e sua elevação ao céu. As imagens deste momento são a
morte de Jesus na cruz e a sua aparição. A celebração sempre começa na
quarta-feira de cinzas e termina no domingo de Páscoa: é a chamada Semana
Santa. A data cristã foi fixada durante o Concílio de Nicea, em 325 d.C,
como sendo "o primeiro domingo após a primeira Lua Cheia que ocorre após ou
no equinócio da primavera boreal".

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